Nascido na efervescente São Paulo em 1978, Jorge Filho é um guitarrista, compositor e cantor que traz em seu DNA a ressonância da música. Neto e filho de músicos, cresceu imerso em um ambiente onde a melodia era linguagem e a harmonia, lar. Seu pai, figura central nesse universo, participou do festival que viria a batizar o prestigioso Prêmio Sharp, selando desde cedo o destino de Jorge com a arte sonora. Essa vivência familiar e a proximidade com os grandes festivais acenderam nele, desde tenra idade, o desejo inabalável de criar sua própria música, estabelecendo uma marca autoral que o acompanharia por toda a sua trajetória. Sua jornada musical é um mosaico de experimentações e busca por identidade. No final dos anos 90, fundou a banda Breed (1995-2000), mergulhando no rock alternativo e metal, influenciado por nomes como Nirvana, Soundgarden e Red Hot Chili Peppers, além dos clássicos como Led Zeppelin e Pink Floyd. Em paralelo, explorou o reggae com a Mundo Novo (1999-2003) e a MPB com o trio Aborígenes (2001-2003) Entre 1998 e 2003, as noites de São Paulo o viram em palcos de bares tradicionais da Vila Madalena, como o Elephante Bar, com seu violão e voz, interpretando MPB e Bossa Nova. A partir de 2003, sua arte ganhou fronteiras: durante quatro anos em Lisboa, Portugal (2003-2007), apresentou-se em teatros renomados como o São Luiz e o da Comuna, e em bares icônicos do Bairro Alto, como o Oka Bar e o Chapitô. Essa fase europeia incluiu também performances solo na Espanha e Itália e a formação da banda 147 (2005-2007), que mesclava Funk, Rock e MPB. De volta ao Brasil em 2008, Jorge mergulhou ainda mais fundo no estudo formal da música. Entre 2010 e 2016, frequentou o Conservatório Souza Lima, aprofundando-se em Harmonia Pós-Tonal e Composição. Teve aulas particulares de guitarra com o renomado Ciro Visconti e, posteriormente, com Mozart Melo no EMT, refinando suas técnicas e ampliando sua visão musical. Esse período de imersão culminou na formação da banda Wortex (2014-2023), que navegava entre o Rock, o Reggae e a MPB, solidificando sua capacidade de transitar por diversos gêneros com autenticidade. Hoje, Jorge Filho dedica sua energia à carreira solo com o projeto "O Artesão do Caminho". Este é o ápice de mais de duas décadas de vivências musicais e humanas, traduzidas em 20 músicas autorais que serão lançadas em 5 EPs, cada um com 4 faixas. "O Artesão do Caminho" não é apenas um trabalho musical, mas uma jornada espiritual e artística profunda. As composições são inspiradas em uma visão ampla e diversa do mundo, conectando-se à Umbanda e seus orixás, à astrologia védica (Jyotish) e à sabedoria ancestral, buscando um "religar emocional do Ser com o Humano. A essência da música de Jorge é um convite à reflexão e à conexão com o que é essencial. Ele busca transmitir emoções e sentimentos como amor, alegria, amizade, fraternidade e espiritualidade, proporcionando um "momento para respirar e nos conectarmos com a nossa verdadeira essência humana e ajustar os nossos tempos, com o Universo e seus ciclos. Sua mensagem é clara: "Música pra alma", um acalento para o vazio e a "falta de cor" do cotidiano, promovendo o despertar de emoções profundas e verdadeiras. Ele acredita que sua arte pode sensibilizar as pessoas para o bem, pois "somos apenas uma onda em movimento no imenso oceano da vida", ecoando a filosofia de Paramahansa Yogananda. Jorge Filho valoriza a beleza em todas as suas formas, na natureza, na arte, nas relações humanas e na simplicidade sofisticada. Ele é um defensor da fraternidade, do respeito, da igualdade e da preservação da vida, posicionando-se contra a intolerância, a violência e a ganância. Sua visão é a de um mundo onde a humanidade possa transcender o materialismo e se reconectar com uma mentalidade espiritualizada, pluralizada e universalizada, buscando "melhores e mais dignas condições de existência como sociedade e com o planeta". Com "O Artesão do Caminho", Jorge Filho não apenas oferece música; ele oferece uma experiência transformadora, um espaço para a reflexão, a inspiração e a celebração da vida. Sua paixão pela música é intrínseca ao seu propósito de vida: "levar a mensagem do Amor, do ser humano, do respeito, da alegria, da beleza da vida, da beleza do Universo, da beleza dos ciclos da natureza". Ele é, de fato, um artesão que, com cada nota e cada verso, molda caminhos para a alma, convidando o público a ver o mundo e o cosmos com novos olhos, e a se conectar com o fluxo universal.